terça-feira, 28 de outubro de 2008

Kasimir Malevich (1878-1935)

Escutar “Madame Butterfly”,

a obra-prima de Puccini

http://www.youtube.com/watch?v=5ofaoLKPz7c&feature=related


http://www.youtube.com/watch?v=cdPMGqRV4

Kasimir Malevich (1878-1935)

"A VIDA, QUANDO OLHADA DE FRENTE, DÁ
VONTADE DE CHORAR".
(Nelson Rodrigues)


600 milhões de pessoas no mundo inteiro vivem em favelas nos arredores das grandes cidades.


No mundo, mais de 300.000 crianças, meninos e meninas, são soldados. Muitos deles têm menos de 10 anos.


Mais de um bilhão de pessoas não dispõe de decentes condições de vida.


Numa catástrofe natural, o número de mortos em países em desenvolvimento é 47 vezes

maior do que em países desenvolvidos.


Metade da humanidade vive com menos de 2 dólares por dia.


1 em cada 5 crianças não vai à escola. Um terço da superfície terrestre sofre de desertificação.

A indústria alimentar gasta 40 mil milhões de dólares por ano em publicidade.


A água insalubre provoca 5 milhões de morte por ano.


A espessura média da camada do gelo ártico passou de 3,2 m na década de 1960 para 1,8 m na década de 1990.


As emissões de CO2 produzidas pelas atividades humanas são responsáveis por mais de 60% do aumento do efeito estufa.


70% da água doce são usados para irrigar a terra cultivada e 80 países, ou seja, 40% da população mundial, sofrem de grave escassez de água.


A população mundial aumenta mais de um milhão de pessoas por semana.


Por ano 500.000 crianças ficam cegas por falta de vitamina A.


Para fabricar um computador são necessárias 8 a 14 toneladas de matérias primas não recicláveis.


40 milhões de pessoas morrem de fome por ano num mundo que produz 356 quilos de cereais por pessoa.


Um em cada cinco adultos no mundo não sabe ler ou escrever. Desses 90% vivem em países em desenvolvimento e dois terços são mulheres.


A quantidade de petróleo consumida em 6 semanas, metade da qual é usada em transporte, teria durado um ano inteiro em 1950.


2 espécies desaparecem por semana no mundo inteiro.


40% da população mundial não têm eletricidade.


Uma em cada três crianças com menos de cinco anos sofre de subnutrição.


No século passado a população aumentou 3 vezes, o consumo de água no mundo aumentou 6 vezes.


20% das pessoas que vivem nos países mais ricos consomem 60% da produção de energia comercializada no planeta.


90% da população mundial nunca fizeram uma chamada telefônica.


O total de despesa militar no mundo atinge 794 bilhões de dólares e a ajuda pública ao

desenvolvimento totaliza 58 bilhões de dólares.

Ver a Mulher-Cristo
de calcinha
e crucificada,
do ousado e polêmico
Dominic Rouse.

http://www.youtube.com/watch?v=MeYA7GKot3U

Mário Quintana (1906-2004)

No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar: um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro, o cheiro que tinha um dia o próprio vento...


Mário Quintana

Eric Weeks, sem data

CARTA A UMA AMIGA


Minha querida,
o nosso Reino não é deste mundo nem do Outro. O nosso Reino singra no intermediário, que só pode ser alcançado pela arte: seja ela qual for: escultura, música, pintura, dança, teatro, poesia, prosa, dona de casa.

Escuto o que grafou Cecília Meireles: "Irmão das coisas fugidias, não sou alegre nem sou triste, sou poeta". Não devemos ser felizes nem infelizes, mas atentos à grande árvore que cresce no ouvido. Nosso reino não é deste mundo nem do Outro. Nosso Reino é a serenidade livre.

Devemos estar atentos à pulsão e pulsão nada mais é que "discernimento vital". A arte: discernimento deste discernimento. Se somos ditadores, somos fel. Se discernimos, acordamos a pétala que respira na sombra. E pulsão, o que também pode ser? Um objeto jamais fixável de uma vez por todas. É como se disséssemos que estamos aqui para fixar o que habita no invisível.

Palavras do poeta Dennis Radünz: "O invisível é o excesso de não ser".

E o que chamamos Arte nada mais é que o ato de fixar o discernimento: a pulsão. E a cura? Escutar, no símbolo, pulsão de vida. Se vejo um jarro d'água, por exemplo, tenho consciência de que ele é, ali onde posso vê-lo dentro de mim, apenas uma imagem fugidia. Para captar esta imagem fugidia, antes devo ter uma espécie de afeto por esta imagem. Depois tentar fixá-la com os meios que a Arte me oferenda. Não é ao significante (à palavra) que se deve escutar, mas à vida, ao afeto, que já traz em si sua plêiade de significantes (palavras).

Agora me entenda, minha amiga: trago algo em minha alma que se parece muito contigo. O meu lado feminino está em sintonia com teu mistério feminino. Contudo não devo confundir você com minha alma. Mas você tem sido minha mestra, sim, e por isto me sinto tocado pela tua existência. Eu devo cuidar de minha alma e desejar que cuides de ti. Antes de amar a você, devo amar este Reino que não é deste mundo e que se entrelaça a meus oboés. Isto aprendi, por isto te escrevo agora.

Um beijo.

Fernando José Karl